Infra-estrutura técnica Projetos de software livre dependem de tecnologia que suportem a captura e integração seletiva de informação. Quanto mais experiente você for para usar estas tecnologias, e em persuadir os outras a usá-las, mais sucesso terá o seu projeto. Isso só torna mais verdadeiro a medida que o projeto cresce. Um bom gerenciamento das informações é o que garante que os projetos não quebrem sob o peso da Lei de Brooks,Do seu livro O Mítico Homem-Mês, 1975. Veja e . que diz que adicionar recursos em um projeto atrasado o torna ainda mais atrasado. Fred Brooks observou que a complexidade de um projeto aumenta ao quadrado do númeto de participantes. Quando apenas algumas pessoas estão envolvidas, todos podem falar facilmente entre si, mas quando centenas de pessoas estão envolvidas, não é mais possível para cada pessoa permanecer constantemente a par do que todos os outros estão fazendo. Se um bom gerenciamento de software é sobre fazer com que todos sintam-se como se estivessem trabalhando juntos na mesma sala, a questão óbvia é: o que acontece quando todos em uma sala lotada tentam falar de uma só vez? Este problema não é novo. Em salas lotadas reais, a solução é solução é um procedimento parlamentar: guias formais de como ter discussões em tempo real para grupos grandes, como assegurar que dissidências importantes não se percam em inundações de comentários de "eu também", como formar subcomissões, como reconhecer quando as decisões são formadas, etc. Uma parte importante do procedimento parlamentar é especificar como o grupo interage com seu sistema de gerenciamento de informações. Alguns comentários são feitos "para registros", outros não. O registro em si é subjetivo a manipulação direta, e é entendido para não ser uma transcrição literal do que ocorreu, mas uma representação do que o grupo está disposto a concordar do ocorrido. O registro não é monolítico, mas assume diferentes formas para diferentes propósitos. Ele compreende os minutos de todas as reuniões, resumos, agendas e suas anotações, relatório das comissões, relatório de correspondentes ausentes, lista com ítens de ação, etc. Como a Internet não é realmente uma sala, não precisamos nos preocupar em replicar os procedimentos parlamentares que mantém algumas pessoas caladas enquanto outras estão falando. Mas quando nos defrontamos com técnicas de gerenciamento de informações, projetos de código aberto bem executados são procedimentos parlamentares com esteróides. Desde que quase toda a comunicação em projetos de código aberto ocorrem na escrita, sistemas elaborados evoluitam para rotear e identificar o dado corretamente; para minimizar repetições assim como evitar falsas divergências; para armazenar e recuperar dados; para corrigir informações ruins ou obsoletas; e para associar diferentes pedaços informação a medida que novas conexões são observadas. Participantes ativos em projetos de código aberto assumem muito destas técnicar, e irão frequentemente realizar tarefas manuais complexas para assegurar que a informação será roteada corretamente. Mas o grande esforço ultimamente depende de suporte sofisticado de softwares. As mídias de comunicações sozinhas deveriam realizar o máximo de roteamento das informações, identificando, e gravando, e devem disponibilizar para as pessoas no modo mais conveniente possível. Claro que na prática, as pessoas ainda precisam intervir em diversos pontos no processo, e é importante que o software faça com que essas intervenções sejam convenientes também. Mas em geral, se as pessoas cuidarem da identificação e roteamento das informações de maneira minuciosa já na primeira aparição no sistema, então o software deve ser configurado para utilizar o máximo possível estes metadados. O conselho neste capítulo é intensamente prático, baseado em experiências em um software específico e padrões de uso. Mas o ponto não é ensinar uma coleção de técnicas particulares. Ele também demonstra, através de diversos pequenos exemplos, a atitude geral que melhor encorajará o bom gerenciamento da informação em seu projeto. Esta atitude envolverá uma combinação de conhecimento técnico com o conhecimento das pessoas. O conhecimento técnico é essencial pois o software de gerenciamento de informações sempre requer configuração, além de uma certa quantidade de manutenção e melhorias a medida que surgem novas necessidades (por exemplo, veja a discussão de como lidar com o crescimento do projeto em adiante neste capítulo). O conhecimento das pessoas são necessários pois uma comunidade também requer manutenção: nem sempre é óbvio como usar estas ferramentas como total vantagem, e em alguns casos os projetos possui convenções conflitantes (por exemplo, veja a discussão sobre configurar o cabeçalho Responder a em e-mails enviados a listas de discussão, em ). Todos os envolvidos com o projeto precisarão ser encorajados, no momento certo e da maneira correta, para que eles façam sua parte em manter as informações do projeto bem organizada. Quanto mais envolvido estiver colaborador, maior a possibilidade de que ele aprenda as técnicas mais complexas e especializadas. O gerenciamento de informação não possui uma solução pronta. Existem muitas variáveis. Você pode ter tudo finalmente configurado da maneira que queria, e ter a comunidade mais participativa, e então o crescimento do projeto fará com que algumas destas práticas sejam impraticáveis. Ou o crescimento do projeto pode estabilizar, e as comunidades de usuários e desenvolvedores estabeleçam uma relação confortável com a infra-estrutura técnica, e de repente alguém vem com uma idéia um novo serviço de gerenciamento de informação, e logo os recém-chegados estarão perguntando por que o seu projeto não está usando-a—por exemplo, isto está ocorrendo agora com diversos projetos de softwares livre que antecedem a invenção do wiki (veja ). Muitas questões merecem uma análise, envolvendo negociações entra a conveniência daqueles que geram informação e a conveniência daqueles que a consomem, ou entre o tempo requerido para configurar o software de gerenciamento de informação e o benefício que ele traz ao projeto. Cuidado com a tentação de automatizar demais, isto é, automatizar aquilo que realmente requer uma atenção humana. A infra-estrutura técnica é importante, mas o que faz o um projeto de software livre funcionar é o cuidado—e a expressão inteligente deste cuidado—pelas pessoas envolvidas. A infra-estrutura técnica é principalmente sobre dar as pessoas formas convenientes de fazer isso. O Quê Um Projeto Precisa A maioria dos projetos de código aberto oferecem ao menos um conjunto mínimo de ferramentas padrão para gerenciamento da informação: Web site Forma principal e centralizar de levar a informação do projeto ao público. O web site também pode servir como uma interface administrativa para outras ferramentas do projeto. Listas de e-mail Geralmente o forum de comunicação mais ativo no projeto, e o "meio de registro." Controle de versão Permite aos desenvolvedores gerenciar as mudanças de código convenientemente, incluindo a volta de uma versão anterior e uma "mudança portátil". Permite com que todos possam acompanhar o que está acontecendo com o código. Bug tracker Permite aos desenvolvedores acompanhar em que eles estão trabalhando, coordenar uns aos outros, e planejar lançamentos. Permite a qualquer um consultar o status de bugs e registrar informações (ex.: reproduzir um erro) sobre bugs em particular. Pode ser usado para rastrear além de bugs, tarefas, lançamentos, novas funcionalidades, etc. Chat em tempo real Um local para discussões rápidas e simples, e para troca de perguntas e respostas. Nem sempre é arquivado por completo. Cada ferramenta deste conjunto é endereçada para uma necessidade específica, mas suas funções são inter-relacionadas, e as ferramentas precisam ser feitas para trabalharem junto. A seguir examinaremos como elas podem fazer isso, e mais importante, como colocar as pessoas para utilizá-las. O web site não é discutido até o fim, pois ele atua mais como uma cola para os outros componentes do que uma ferramenta em si. Você poderá evitar um monte de dores de cabeça para escolher e configurar estas ferramentas ao fazer uso de sites de hospedagem enlatada: um servidor que oferece áreas web previamente empacotadas e modeladas com todas as ferramentas de acompanhamento necessárias para manter um projeto de software livre. Veja adiante neste capítulo para uma discussão das vantagens e desvantagens da hospedagem enlatada. Listas de E-mail Listas de e-mail são o pão com manteiga das comunicações do projeto. Se um usuário é exposto a qualquer fórum além das páginas web, é bem provável que seja uma das listas de e-mail do projeto. Mas antes que eles experimentes a lista em si, eles irão se deparar com a interface da lista de e-mail—isto é, o mecanismo pelo qual eles se juntarão ("increver a") a lista. Isso nos leva a Regra no. 1 de listas de e-mail:
Não tente gerenciar listas de e-mail manualmente—use um software de gerenciamento de lista.
Será tentador descartar esta possibilidade. Configurar um software de gerenciamento de lista de e-mail pode parecer um pouco exagerado no início. Gerenciar listas pequenas e com pouco tráfego manualmente parecerá muito fácil: você só precisa configurar um endereço de inscrição que encaminhe as mensagens para você, e quando alguém envia um e-mail, você adiciona (ou remove) o endereço e-mail em algum arquivo texto que contém todos os endereços da lista. O que poderia ser mais simples que isso? A pegadinha é que um bom gerenciamento da lista de e-mail—que é o que as pessoas esperam—não é nem um pouco simples. Não se trata apenas de adicionar ou remover usuários quando eles pedem. Trata-se também de moderar para evitar spam, oferecer um e-mail com resumos ou mensagem a mensagem, fornecer a lista padrão e informações do projeto através de auto-resposta, e várias outras coisas. Uma monitoração humana do endereço de inscrição pode fornecer apenas um mínimo de funcionalidade, e ainda assim não tão confiável e rápido quanto pode fazer um software. Um software moderno de gerenciamento de listas oferece no mínimo as seguintes funcionalidades: Inscrição por e-mail e através da web Quando um usuário se inscreve a uma lista, ele pode imediatamente receber uma mensagem de boas vindas, dizendo que ele foi inscrito, como interagir com o software da lista de e-mail, e (mais importante) como cancelar a inscrição. Esta resposta automática pode ser customizada para conter informações específicas do projeto, tais como o web site, localização do FAQ, etc. Inscrição em modo digerido (digest) ou mensagem a mensagem No modo digerido, o inscrito recebe um e-mail por dia, contento toda a atividade da lista naquele dia. Para pessoas que estão acompanhando vagamente a lista, sem participar, este modo é geralmente mais adequado, pois permite a eles olharem todos os assuntos de uma só vez e evitar a distração de e-mails chegando em horários aleatórios. Funcionalidades de moderação "Moderar" é verificar os envios e assegurar que eles a) não sejam spam, e b) estejam dentro do tópico, antes que eles sejam enviados para toda a lista. A moderação envolve necessariamente humanos, mas o software pode ajudar bastante para torná-la mais fácil. Haverá mais conteúdo sobre moderação adiante. Interface administrativa Entre outras coisas, ela permite que o administrador acesse e remova endereços obsoletos facilmente. Isso pode tornar-se urgente quando um endereço destinatário passa a enviar respostas automáticas com "Eu não utilizo mais este e-mail" de volta para a lista para todas as outras mensagens. (Alguns softwares conseguem detectar este comportamente e remover a pessoa automaticamente.) Manipulação de cabeçalho Muitas pessoas possuem filtros sofisticados e regras de resposta configuradas em seus clientes de e-mail. Os softwares de listas de e-mail podem adicionar e manipular alguns cabeçalhos padrões para que essas pessoas possam obter alguma vantagem disso (mais detalhes a seguir). Arquivamento Todos os enviados para uma lista gerenciada são armazenados e disponibilizados na web; alternativamente, alguns softwares de listas de e-mail oferecem interfaces especiais para conectar uma ferramenta externa de arquivamento como o MHonArc (). Como discute no , o arquivamento é crucial. O ponto de tudo isto é meramente para enfatizar que o gerenciamento de listas de e-mail é um problema complexo o qual foi pensado bastante, e resolvido em sua maioria. Você certamente não precisa se tornar um especialista nisso. Mas você deve estar a par que sempre há espaço para aprender mais, e que o gerenciamento da lista irá ocupar a sua atenção de tempos em tempos no curso da execução de um projeto de software livre. A seguir nós examinaremos um pouco dos problemas mais comum na configuração das listas de e-mail. Prevenção de Spam No intervalo em que esta sentença é publicada, o tamanho do problema de spam provavelmente terá sua gravidade dobrada— ou ao menos estará neste camninho. Há não muito tempo atrás era possível que alguém abrisse uma lista de e-mails sem precisar tomar nenhuma medida de prevenção. Os e-mails de spam ainda iriam aparecer, com com tão pouca frequência que era um problema de nível bem baixo. Este tempo se foi para sempre. Hoje, uma lista de e-mail que não toma medidas de prevenção de spam será rapidamente submersa por lixos de e-mail, ao ponto de ficar inutilizável. A prevenção de spam é obrigatória. Dividimos a prevenção de spam em duas categorias: previnindo que envios de spam apareçam na sua lista de e-amils, e previnindo a sua lista de e-mails de ser a fonte de novos endereços de e-mails para spammers. A primeira é a mais importante, e iremos examiná-la primeiro. Filtrando os envios Existem três técnicas básicas de previnir envios de spam, e a maior parte de software de listas de e-mail oferece todas elas. Elas são melhores se usadas em conjunto: Permita apenas que os inscritos enviem e-mails para lista. Isso é muito efetivo efetivo, e envolve apenas um pequeno esforço administrativo, pois geralmente é apenas uma questão de configuração no software de gerenciamento da lista de e-mails. Mas perceba que os envios que não são aprovados automaticamente não podem ser simplesmente descartados. Ao invés disso, eles devem passar por uma moderação, por duas razões. Primeiro, você quer que os não inscritos possam enviar e-mails. Uma pessoa com uma questão ou uma sugestão não precisa se inscrever na lista apenas para deixar uma única mensagem. Segundo, mesmo os inscritos poder de vez em quando enviar mensagens de um endereço diferente que não está inscrito. Endereços de e-mail não são métodos confiáveis de se identificar as pessoas, e não deveriam ser usados para tal fim. Filtre os envios através de um software de filtro de spams. Se o software de lista de e-mail permitir (a maioria permite), você pode filtrar as mensagens com um software de filtro de spams. O filtro de spam automático não é perfeito, e nunca será, pois existe uma guerra sem fim entre spammers e escritores de filtros. Contanto, pode ser ótimo em reduzir a quantidade de spam que chegam através da fila de moderação, e como maior o tamanho da fila, mais tempo uma pessoa levará para examiná-la, qualquer quantidade de filtragem automática é benéfica. Não há espaço aqui para instruções detalhadas de configuraraçã dos filtros de spam. Você terá de consultar a documentação do seu software de lista de e-mails para isso (veja adiante neste capítulo). Os softwares de listas geramente vem embutido com funcionalidades de prevenção de spam, mas você pode querer colocar filtros de terceiros. Eu tive boas experiências com esses dois: SpamAssassin () e SpamProbe (). Este não é um comentário a respeito de diversos outros filtros de spam existentes por aí, alguns dos quais são aparentemente muito bons. Eu apenas usei esses dois e fiquei satisfeito com eles. Moderação. Para e-mais que não são automaticamente autorizados por não ser de um inscrito, e que passou pelos softwares de filtro de spam, caso haja algum, o último estágio é a moderação: o e-mail é direcionado para um endereço especial, onde uma pessoa o examina e o confirma ou o rejeita. Confirmar um envio pode ser uma das duas formas: você pode aceitar a mensagem apenas desta vez, ou você pode dizer ao software da lista para permitir este e todas as mensagens futuras provenientes do mesmo remetente. Você quase sempre irá preferir a última forma, com objetivo de reduzir o fardo da moderação futura. Detalhes de como confirmar variam de sistema para sistema, mas geralmente é uma questão de responder a um endereço especial com o comando "accept" (significando a confirmação apenas desta mensagem) ou "allow", (permitindo a mensagem atual e futuras). A rejeição é geralmente feita simplesmente ignorando o e-mail de moderação. Se o software de lista nunca receber a confirmação de que não é uma mensagem válida, então ele não irá repassar a mensagem para a lista, o que simplesmente excluir o e-mail de moderação surte o efeito desejado. Algumas vezes você também tem a opção de responder com os comandos "reject" ou "deny", para desaprovar automaticamente e-mails futuros deste remetente sem precisar passar novamente pela moderação. Raramente há um sentido em fazer isso, pois a moderação trata na maioria de prevenção de spam, e spammers não costumam realizar envios do mesmo endereço mais de uma vez. Certifique-se de usar a moderação apenas para filtrar spams e mensagens que estão claramente fora do escopo, tais como quando alguém envia uma mensagem acidentalmente para a lista errada. O sistema de moreração geralmente fornece uma forma de se responder diretamente ao remetente, mas não use este método para responder questões que realmente pertencem a lista em si, mesmo se você souber a resposta de cabeça. Fazer isso privaria a comunidade do projeto de uma visão apurada dos tipos de questões que as pessoas estão fazendo, e irá privá-las de uma chance de responder as questões elas mesmas e/ou ver a resposta dos demais. A moderação da lista é estritamente sobre manter a lista livre de e-mails de lixo e fora do tópico, e nada mais. Camuflando endereços em arquivos da lista Para evitar que suas listas de e-mail sejam uma fonte de endereços para spammers, uma técnica comum é camuflar os endereços das pessoas nos arquivos, substituindo por exemplo
jrandom@somedomain.com
por
jrandom_AT_somedomain.com
ou
jrandomNOSPAM@somedomain.com
ou alguma codificação similar e óbvia (para humanos). Como os caçadores de e-mails para spam geralmente trabalham rastreando páginas da internet—incluindo os arquivos online se suas listas de e-mail—e procurando por sequências que contenham "@", camuflar os endereços é uma forma de deixar os endereços de e-mail das pessoas invisível ou sem utilidade para os spammers. Claro que isto não faz nada para evitar que spams sejam enviados da própria lista de e-mail, mas evita o aumento do número de spams enviados diretamente para os e-mails pessoais dos usuários da lista. A camuflagem de endereços pode ser controversa. Algumas pessoas gostam bastante e ficarão surpresas se seus arquivos não fizerem isso automaticamente. Outras pessoas acham muito incoveniente (pois elas também devem traduzí-los antes de o usarem). Algumas vezes as pessoas asseguram que não tem efeito, uma vez que os caçadores podem em teoria compensar qualquer padrão de camuflagem consistente. Entretanto, note que há uma evidência empírica que a camuflagem de endereços é efetiva, veja . Idealmente, o software de gerenciamento da lista deixará a escolha a cada inscrito, tanto por um cabeçalho especial com um Sim/Não ou então nas preferências da conta daquele inscrito. Contanto, eu não conheço um software que oferece uma opção por inscrito ou por mensagem em relação a isso, deixando uma decisão a ser tomada pelo administrador para todos (assumindo que o arquivador oferece esta funcionalidade, o que nem sempre é o caso). Eu fico levemente inclinado em direção a ligar a opção de camuflagem. Algumas pessoas são muito cuidadosas e evitam colocar seus endereços de e-mail em uma página web ou qualquer outra local que um caçador de e-mails para spam possa vê-lo, e eles ficarão desapontados ao ter todo o trabalho jogado fora por um arquivo de lista de e-mails; enquanto isso, a incoveniência que a camuflagem e e-mails impõe aos usuários de arquivos são bem leves, pois é fácil transformar um e-mail camuflado em um e-mail válido se você precisar contatar diretamente a pessoa. Mas tenha em mente que, no final, ainda é uma corrida de armamentos: no momento que estiver lendo isto, os caçadores podem muito bem ter evoluído ao ponto que eles possam reconhecer as formas mais comuns de camuflagem, e nós teremos de pensar em alguma outra coisa.
Gerenciamento de Identificação e de Cabeçalho Os assinantes de listas geralmente querem deixar os e-mails da lista em uma pasta específica do projeto, separando-os dos demais e-mails. O software de e-mail pode fazer isto automaticamente examinando os cabeçalhos dos e-mails. Os cabeçalhos são campos especiais no topo do e-mail que identifica o remetente, destinatário, assunto, data, e várias outras informações sobre a mensagem. Certos cabeçalhos são bem conhecidos e obrigatótios efetivamente: De: ... Para: ... Assunto: ... Data: ... outros são opcionais, mas ainda assim padrões. Por exemplo, e-mails não requerem estritamente ter o cabeçalho Responder a: sender@email.address.here mas a maioria o faz, porque isso dá aos destinatários uma forma infalível de se chegar ao autor (isto é especialmente útil quando o autor teve que enviar de um endereço diferente ao qual as respostas deveriam ser direcionadas). Alguns softwares de leitura de e-mail ofecerem uma interface amigavel para arquivamento de e-mails baseado em padrões no cabeçalho Assunto. Isso leva as pessoas a solicitarem que a lista de e-mail adicione automaticamente um prefixo em todos os Assuntos, e então eles poderão configurar os leitores para buscar por aquele prefixo e automaticamente arquivar a mensagem na pasta correta. A idéia é que o autor original escreveria: Assunto: Construindo o release 2.5. mas o e-mail apareceria na lista desta forma: Assunto: [discuss@lists.example.org] Construindo o release 2.5. Apesar da maioria de software de gerenciamento de listas oferecer uma opção para isso, eu sou fortemente contra este opção habilitada. O problema que ela resolve pode facilmente ser resolvido de uma maneira menos importuna, e o preço de se perder boa parte do campo de Assunto é extremamente alto. Usuários experientes de listas de e-mail normalmente olham os assuntos de e-mails que chegaram no dia para decidir quais ler e/ou responder. Prefixar o nome da lista no assunto pode empurrar o Assunto para a direita na tela, deixando-o invisível. Isso ofusca a informação que as pessoas dependem para decidir quais e-mails serão abertos, reduzindo assim a funcionalidade geral da lista para todo mundo. Ao invés de adulterar o cabeçalho Assunto, ensine aos seus usuários a usarem a vantagem de outros cabeçalhos padrões, começando com o "Para", que deve informar o nome da lista: Para: <discuss@lists.example.org> Qualquer leitor de e-mail que pode filtrar o Assunto deve ser capaz de filtrar o Para facilmente. Existem outro cabeçalhos opcionais mas padrões para listas de e-mail. Filtrar por eles é ainda mais confiável que usar os cabeçalhos "Para" ou "Cc"; como esses cabeçalhos são colocados em cada mensagem pelo próprio software de gerenciamento da lista, alguns usuários podem estar contando com a presença deles: list-help: <mailto:discuss-help@lists.example.org> list-unsubscribe: <mailto:discuss-unsubscribe@lists.example.org> list-post: <mailto:discuss@lists.example.org> Delivered-To: mailing list discuss@lists.example.org Mailing-List: contact discuss-help@lists.example.org; run by ezmlm Eles são auto-explicativos na sua maioria. Veja para maiores esclarecimentos, ou se você precisa de uma especificação formal e realmente detalhada, veja . Perceba em quanto esses cabeçalhos complicam caso você tenha uma lista de e-mail com o nome de "list", e que você tenha os endereços administrativos "list-help" e "list-subscribe", para inscrições, e "list-owner", para contatar os administradores da lista. Dependendo do software de gerenciamento da lista que você usa, esses e/ou vários outros endereços administrativos poderiam estar encrencados; a documentação terá os detalhes. Normalmente uma explicação completa de todos estes endereços especiais é enviado para cada novo usuário como parte de um e-mail automático de "boas vindas" na inscrição. Provavelmente você terá uma cópia deste e-mail de boas vindas. Se não tiver, peça uma cópia a alguém, para saber o que os seus usuários estão vendo quando eles assinam a lista. Mantenha a cópia por perto para poder responder questões sobre a lista de e-mails, ou melhor ainda, coloque-a em uma página web em algum lugar. Desta forma quando alguém perder a própria cópia das instruções e perguntar "Como eu cancelo a inscrição nesta lista?", você apenas envia a ela a URL. Alguns softwares de lista de e-mail oferecem a opção de anexar as instruções de cancelamento ao final de todas as mensagens. Se esta opção estiver disponível, habilite-a. Ele coloca apenas algumas linhas extras por mensagem, em um local inofensivo, e te ajuda a ganhar tempo, diminuindo o número de pessoas que enviam mensagens para você—ou pior, enviam para lista!—peguntando sobre como cancelam a inscrição. O Longo Debate do Responder a Anteriormente em , eu enfatizei a importância de certificar-se de que as discussões fiquem nos forums públicos, e falei sobre a necessidade de algumas medidas ativas para evitar que as conversas passem para um ambiente com discussão privada; além disso, este capítulo tratou da configuração de softwares de comunicação do projeto para fazer o máximo de trabalho possível para você. Por isso, se o software de gerenciamento de lista oferece uma maneira de manter as discussões na lista automaticamente, você certamente pensará que deixar esta opção ligada é a uma escolha óbvia. Bem, não é bem assim. A tal opção existe, mas ela possui algumas desvantagens graves. A questão de usá-la ou não é uma das discussões mais fervorosas sobre gerenciamento de listas de e-mail.—na verdade, não é uma controvérsia que iria ao noticiário do horário nobre na sua cidade, mas ele pode vir a tona de tempos em tempos em projetos de software livre. A seguir, descreverei esta opção, elucidando os argumentos dos dois lados, e farei a melhor recomendação que puder. A opção em si é bem simples: o software da lista de e-mails pode, se você quiser, colocar automaticamente o cabeçalho "Responder a" em todas as mensagens para redirecionar as respostas para a lista de e-mail. Isto é, não importa o que o remetente original coloque no cabeçalho "Responder a" (ou mesmo se ele não incluir nenhum), quando os assinantes da lista virem a mensagem, o cabeçalho irá conter o endereço da lista: Reply-to: discuss@lists.example.org A primeira vista, isto parece ser algo bom. Por que virtualmente todo leitor de e-mail reconhece o cabeçalho "Responder a", então quando alguém responder a mensagem, a resposta irá diretamente para toda a lista automaticamente, e não apenas ao remetente da mensagem original. Claro que quem responde ainda pode mudar manualmente para onde vai a mensagem, mas o que é importante aqui é que as respostas serão direcionadas a lista por padrão. É um exemplo perfeito de utilizar a tecnologia para encorajar a colaboração. Infelizmente, existem algumas desvantagens. A primeira é conhecida como o problema Não consigo encontrar o caminho de volta pra casa: Algumas vezes, o remetente original irá colocar o seu endereço de e-mail "real" no campo "Responder a", pois por uma razão ou outra ele envia e-mails de um endereço diferente do qual ele usa para recebê-los. Pessoas que sempre leem e enviam do mesmo local não tem este problema, e podem até ficar surpresos que isso possa existir. Mas para aqueles que possuem configurações de e-mail diferenciadas, ou que não possuem controle para alterar o endereço de envio (talvez porque enviem do trabalho e não possuem nenhuma influência no departamento de TI), usando o "Responder a" pode ser a única forma que eles tem de assegurar que as respostas cheguem até eles. Quando tal pessoa envia mensagem para a lista de e-mails o qual ela não está inscrivta, sua configuração de "Responder a" torna-se uma informação essencial. Se o software da lista o sobrescreve, pode ser que ele nunca veja as respostas para sua mensagem. A segunda desvantagem tem a ver com as expectativas, e na minha opinião é o argumento mais forte contra a alteração do "Responder a". Usuários de e-mails mais experientes estão acostumados a dois métodos básicos de resposta: responder a todos e responder ao autor. Todos os softwares modernos de leitura de e-mail possuem formas diferenciadas para estas duas ações. O usuários sabem que para responder a todos (isto é, incluindo a lista), eles precisam escolher "Responder a todos", e para responder somente ao autor, eles precisam escolher "Responder ao autor". Embora você queira encorajar as pessoas a responder para a lista sempre que possível, existem certas circunstâncias onde uma resposta privada é a prerrogativa do autor—por exemplo, eles podem querer dizer algo confidencial para o autor da mensagem original, algo que seria inapropriado para para a lista pública. Agora considere o que acontece quando a lista sobreescreveu o "Reponder a" original do rementente. Quem responder irá acionar a opção "responder ao autor", com a expectativa de estar enviando uma mensagem privada de volta ao autor original. Como este é o comportamento experado, ele pode nem mesmo se importar em olhar cuidadosamente para o endereço do destinatários na nova mensagem. Ele compõe sua mensagem confidencial e privada, da qual talvez diga algo embaraçoso sobre alguém da lista, e envia o e-mail. Inexperadamente, alguns minutos depois a mensagem aparece na lista de e-mails! É verdade que na teoria ele deveria olhar atentamente ao campo de destinatário, e não deveria aceitar qualquer coisa sobre o cabeçalho "responder a". Mas os autores quase sempre colocam o "Responder a" para seu endereço pessoal (ou então, o software de e-mails configura isso para eles), e muitos usuários antigos de e-mail vem a esperar por isso. Na verdade, quando alguém propositalmente configura o "responde a" para algum outro endereço, ele geralmente cita isso no corpo da mensagem, para que as pessoas não fiquem surpreendidas com o que acontece quando elas responderem a nebsagem. Devido a possibilidades de consequências sérias por este comportamento inexperado, minha preferência pessoal é conifigurar o software para nunca todas no cabeçalho "responder a". Esta é uma área onde usar a tecnologia para encorajar a colaboração possui ao meu ver, efeitos colaterais altamente perigosos. Entretanto, existem fortes argumentos do outro lado desta discussão. Independente de qual você escolha, sempre haverão pessoas perguntando porque você não utilizou a outra maneira. Como isto não é algo que você irá querer como tópico perincipal de discussão na sua lista de e-mail, pode ser interessante ter uma responta pronta para isso, uma do tipo que irá frear a discussão ao invés de encorajá-la. Certifique-se que você não insista que a sua decisão, independende de qual seja, é obviamente a única e a mais sensata (mesmo que você realmente ache isto). Ao invè disso, diga que isto é um debate antigo, e que há bons argumentos dos dois lados, e nenhuma escolha irá satisfazer a todos os usuários, e que você procurou tomar a melhor decisão que você pode. Educadamente peça que o assunto não seja levado adianta a menos que alguém tenha algo genuinamente novo a dizer, e então fique fora da discussão e espere que ele morra de morte natural. Alguém pode sugerir em votar em uma maneira ou na outra. Você pode fazer isso se quiser, mas eu pessoalmente não acho que contar votos é uma solução adequada neste caso. A penalidade para quem for surpreendido por este comportamento é tão grande (enviar acidentalmente um e-mail para uma lista pública), e a inconveniência para todos os outros é razoavelmente pequena (ocasionalmente ter que lembrar alguém a responder para toda a lista ao invés de a você somente), que não é claro que a maioria, mesmo que eles sejam a maioria, deveriam ser capazes de colocar a minoria em risco. Eu não enderecei todos os aspectos deste problema aqui, apenas os que parecem ser de extrema importância. Para uma discussão completa, verifique estes dois documentos ortodoxos, os quais são sempre citados quando as pessoas entram neste debate: Leave Reply-to alone (Deixe o Responder a em paz), por Chip Rosenthal Set Reply-to to list (Configure o Responder a para lista), por Simon Hill Apesar a leve preferência indicada acima, eu não acho que haja uma resposta "certa" para esta questão, e participo com felicidade em muitas listas que realmente configuram o "responder a". A coisa mais importante que você pode fazer é configurar uma das formas logo no início, e procurar não se envolver em futuros debates depois disso. Duas fantasias Algum dia, alguém terá a idéia brilante de implementar o botão responder a lista no leitor de e-mails. Isto utilizarias um dos cabeçalhos de lista customizados mencionados anteriormente para identificar o endereço da lista de e-mails, e então responde diretamente e apenas para a lista, deixando de lado todos os outros e-mails de destinatários, pois a maioria está inscrita de qualquer forma. Eventualmente, outros leitores de e-mail irão adotar a característica, e todo esta discussão irá embora. (Na verdade, o leitor de e-mail Mutt oferece esta funcionalidade.Logo depois que este livro apareceu, Michael Bernstein me escreveu para dizer: "Existem outros clientes de e-mail que implementam a função de responder a lista além do Mytt. Por exemplo, o Evolution tem esta função como um atalho de teclado, mas não um botão (Ctrl+L).") Uma outra solução ainda melhor seria a configuração para cada usuário quanto a alteração do "Responder a". Aqueles que quiserem configurar a alteração automática da lista (tanto das próprias mensagens de e-mail quanto dos demais) poderia solicitar isso, e aqueles que não quiserem a alteração, não mexem em nada. No entanto, eu não conheço um software de gerenciamento de lista que oferece isto no nível de perfil de inscritos. No momento, parece que estamos presos a uma configuração global.Desde que escrevi isso, eu descobri que existe ao menos um sistema de gerenciamento de lista que oferece isto: Siesta. Veja também este artigo sobre ele: Arquivamento Os detalhes técnicos da configuração de arquivamento de listas de email são específicas do software que está gerenciando a lista, e vão além do escopo deste livro. Ao escolher ou condigurar um sistema de arquivamento, considere as seguintes qualidades: Atualização imediata As pessoas irão frequentemente se referir a uma mensagem arquivada enviada nas últimas uma ou duas horas. Se possível, o arquivador deve arquivar cada mensagem instantaneamente, de forma que no momento em que a mensagem aparecer na lista de e-mails, ela já estará presente nos arquivos. Se esta opção não estiver disponível, então procure ao menos configurar o arquivador para executar de hora em hora. (Por padrão, alguns arquivadores executam seu processo uma única vez a noite, mas na prática isto é um espaço muito grande de tempo para uma lista de e-mails ativa.) Estabilidade das referências Uma vez que a mensagem é arquivada em uma URL em particular, ela deve permanecer acessível na mesma URL para sempre, ou o mais próximo disso. Mesmo que os arquivos sejam reconstruídos, restaurados de backup ou fixos de alguma forma, qualquer URL que já tenha se tornado pública deve permanecer a mesma. Referências estáveis fazem com que seja possível que os motores de busca da Internet possam indexar os arquivos, o que é um grande benefício para usuários que buscam respostas. Referências estáveis também são importantes porque as mensagems e discussões da lista de e-mails são frequentemente conectadas ao Bug Tracker (veja ) adiante neste capítulo ou de outros a outros documentros do projeto. Idealmente, o software de lista de e-mail irá incluir a URL da mensagem arquivada, ou ao menos a parte específica da URL da mensagem, em um cabeçalho quando ele distribui as mensagens para os destinatários. Desta forma as pessoas que possuem uma cópia da mensagem serão capazes de saber sua localização no arquivo sem ter que visitar os arquivos, o que é muito útil pois qualquer operação que envolve um navegador web é automaticamente demorado. Se há esta opção em algum software de lista de e-mails, eu não sei; infelizmente, o que eu utilizo não a possui. Entretanto, é algo a se procurar (ou, se você escreve um software de lista de e-mails, por favor, é uma opção a se considerar a implementação). Backups Deveria ser óbvio sobre como manter um backup dos arquivos, e a receita para sua restauração não deveria ser tão complicada. Em outras palavras, não trate o seu arquivo como uma caixa preta. Você (ou alguém do projeto) deve saber os as mensagens são armazenadas, e como regerar as páginas atuais do arquivo se isso alguma vez for necessário. Estes arquivos são dados preciosos—um projeto que os perdem, perde também uma boa parte de sua memória coletiva. Suporte a threads Deve ser possível ir de qualquer mensagem individual para a thread (grupo de mensagens relacionadas) de que a mensagem original faz parte. Cada thread deve possuir também sua própria URL, separada das URLs de mensagens individuais dentro da thread. Opção de busca Um arquivo que não suporta buscas—tanto no corpo das mensagens assim como de autores e assuntos— é um arquivo quase que inútil. Note que alguns arquivadores suportam a busca simplesmente deixando o trabalho para um motor de busca externo como o Google. Isto é aceitável, mas o suporte a busca direta é geralmente mais aperfeiçoado, pois permite ao pesquisador especificar que o termo apareça no assunto ao invés do corpo, por exemplo. O que foi descrito é apenas uma checagem técnica para ajudar você a avaliar e configurar um arquivador. Fazer com que as pessoas usem o arquivador com vantagens para o projeto é discutido mais tarde nos capítulos, em particular no . Software Aqui estão algumas ferramentes de código aberto para realizar o gerenciamento e arquivamento da lista. Se o site onde você está hospedando o seu projeto já possui uma configuração padrão, então talvez você não poderá escolher a ferramenta. Mas se você mesmo precisa instalar, estas são algumas possibilidades. A que eu já utilizei são Mailman, Ezmlm, MHonArc, e Hypermail, mas isto não significa que as demais não são boas também (e claro que provavelmente existem outras ferramentas por aí que eu apenas não encontrei, então não considere esta uma lista completa). Softwares de gerenciamento de listas de e-mail: Mailman —  (Possui um arquivador embutido, e ganchos para conectar arquivadores externos.) SmartList —  (Feito para ser usado com o sistema de processamento de e-mail Procmail.) Ecartis —  ListProc —  Ezmlm —  (Desenhado para trabalhar com o sistema de entrega de e-mailQmail.) Dada —  (Apesar das bizzarras tentativas do site web de esconder o fato, este é um software livre, lançado sob a GNU General Public License. Ele também possui um arquivador interno.) Software para arquivamento de lista de e-mails: MHonArc —  Hypermail —  Lurker —  Procmail —  (Companheiro de software do SmartList, este é um sistema de processamento de e-mail genérico, que pode aparentemente, ser configurado com um arquivador.)
Controle de Versão Um sistema de controle de versão (ou sistema de controle de revisão) é uma combinação de práticas e tecnologias para rastrear e controlar as mudanças nos arquivos do projeto, em particular o código fonte, documentação, e páginas da web. Se você nunca usou um controle de versão antes, a primeira coisa que vocÇe deve fazer é encontrar alguém que o tenha, e colocá-lo para participar do projeto. Hoje em dia, todos esperam que ao menos o código fonte do projeto esteja em um controle de versão, e provavelmente não irá levar o projeto a sério se ele não usar um controle de versão com o mínimo de competência. O motivo do controle de versão ser tão universal é que ele ajuda virtualmente com todos os aspectos de tocar um projeto: comunicação entre desenvolvedores, gererenciamento de lançamentos, gerenciamento de bugs, estabilidade de código e esforços experimentais de desenvolvimento, e atribuição e autorização de mudanças para desenvolvedores em particular. O sistema de controle de versões fornece um força de coordenação central entre todas essas áreas. O coração de um controle de versão é o gerenciamento de mudança: identificando cada modificação sutil realizada nos arquivos do projeto, anotando toda e cada alteração com metadados como a data da alteração e o autor, e então reproduzindo o fato para qualquer um que perguntar, da maneira que ele quiser. É um mecanismo de comunicação onde é mudança é a unidade básica de informação. Esta seção não discute todos os aspectos da utilização de um sistema de controle de versão. Ele é tão abrangente que será tratada topicamente no decorrer do livro. Aqui, iremos nos concentrar em escolher e configurar um sistema de controle de versões de uma forma que irá promover o desenvolvimento estrada abaixo. Vocabulário do Controle de Versão Este livro não o ensina como usar o controle de versão se você nunca o utilizou antes, mas seria impossível discutir sobre o assunto sem conhecer alguns termos chaves. Estes termos são úteis independentemente de qualquer sistema de controle de versão em particular: eles são os substantivos e verbos básicos de uma colaboração em rede, e será utilizada de forma genérica no decorrer do livro. Mesmo se não houvesse sistemas de controle de versão no mundo, a questão do gerenciamento de mudanças iria permanecer, e estas palavras nos fornece a linguagem para falar sobre o assunto de maneira concisa. commit Realizar uma mudança no projeto; mais formalmente, armazenar uma mudança no banco de dados de controle de versão de uma forma que ela possa ser incorporada em versões futuras do projeto. O "Commit" pode ser usado com um verbo ou como um substantivo. Como um substantivo, ele é essencialmente um sinônimo de "mudança". Por exemplo: "Eu acabei de comitar uma correção para corrigir o bug de crash do servidor que o pessoal tem reportado no Mac OS X. Jay, você pode por favor revisar o commit e verificar se eu não estou usando o alocador indevidamente?" log message Um pequeno comentário anexado a cada commit, descrevendo a natureza e o propósito do commit. Log messages estão entre os documentos mais importantes no projeto: elas são a ponte entre a linguagem altamente técnica das mudanças individuais de um código e uma linguagem mais direcionada aos usuários de funcionalidades, correções de bugs, e progresso do projeto. Mais adiante nesta seção, veremos maneiras de distribuir log messages para os públicos apropriados; o no também discute maneiras de encorajar os contribuidores a escrever log messages concisas e úteis. update Solicitar que as mudanças dos demais (commits) sejam incorporadas em sua cópia local do projeto; ou seja, deixar a sua cópia "atualizada". Esta é uma operação muito comum; a maioria dos desenvolvedores atualizam seus códigos diversas vezes por dia, de maneira que eles sabem que estão executando algo muito próximo do que os demais estão trabalhando, e caso eles encontrem um bug, eles tem certeza que ele ainda não foi corrigido. Por exemplo: "Olá, eu notei que o código de indexação está sempre desprezando o último byte. Este é um novo bug?" "Sim, mas ele foi corrigido na semana passada—atualize seu código e ele deve desaparecer." repositório Um banco de dados no qual mudanças são armazenadas. Alguns sistemas de controle de versão são centralizados:há um único repositório mestre que armazena todas as mudanças feitas no projeto. Outros são descentralizados: cada desenvolvedor tem seu próprio repositório, e alterações podem ser trocadas entre repositórios arbitrariamente. O sistema de controle de versão manté controle das dependências entre as alterações, e quando é hora de lançar uma versão, um conjunto particular de alterações é aprovado para aquele lançamento. O questionamento referente a se centralizado ou descentralizado é melhor é uma das duradouras guerras santas do desenvolvimento de software; tente não cair na armadilha de discutir sobre isso em suas listas de projetos. checkout O processo de se obter uma cópia do projeto a partir de um repositório. Um checkout geralmente gera uma árvore de diretórios chamada de cópia de trabalho (working copy), a partir da qual alterações podem ser comitadas de volta ao repositório original. Em alguns sistemas de controle de versão descentralizados, cada cópia é em sí mesma um repositório, e mudanças podem ser extraídas de (ou enviadas a) qualquer repositório que esteja disposto a aceitá-las. Cópia de Trabalho Uma árvore de diretórios privada do desenvolvedor contendo o código fonte do projeto, e possivelmente suas páginas da web ou outros documentos. Uma cópia de trabalho também contém um pouco de metadata gerenciado pelo sistema de controle de versão, que conta de que repositório vem a cópia de trabalho, que "revisões" (veja abaixo) dos arquivos estão presentes, etc. Geralmente, cada desenvolvedor tem sua própria cópia de trabalho, na qual ele faz e testa mudanças, e da qual ele envia. revision (revisão), change (mudança), changeset (grupo de mudança) Uma "revision" é geralmente uma encarnação específica de um arquivo ou diretório em particular. Por exemplo, se um projeto iniciar na revisão 6 do arquivo F, e então alguém efetua uma mudança e o commit do arquivo F, isto produz a revisão 7 de F. Alguns sistemas também usam "revision", "change", or "changeset" para se referir a um conjunto de modificações em que se é efetuado o commit uma única vez, como uma unidade conceitual. Estes termos ocasionalmente possuem significados técnicos distintos nos diversos sistemas de controle de versões, mas a idéia principal é sempre a mesma: eles fornecem uma forma precisa de dizer exatamente em uma linha histórica as modificações de um arquivo ou de um conjunto de arquivos (traduzindo, imediatamente antes ou depois que um bug é corrigido). Por exemplo: "Ah sim, ela corrigiu isto na revisão 10" ou "Ela corrigiu isso na revisão 10 do foo.c." Quando alguém fala sobre um arquivo ou um conjunto de arquivos sem especificar uma revisão em particular, geralmente se assume que se trata da revisão mais recente disponível. "Versão" Versus "Revisão" O termo versão é algumas vezes utilizado como sinônimo para "revisão", mas eu não o usarei desta forma neste livro, pois é facilmente confundido com "versão" no sentido de versão do software—ou seja, o lançamento (release) ou número da edição, como em "Versão 1.0". Entretanto, como o termo "controle de versão" é um padrão adotado, eu continuarei a usá-lo como um sinônimo de "controle de revisão" e "controle de mudança". diff Uma representação textual de uma mudança. Uma diff mostra quais linhas foram modificadas e como elas foram modificadas, e adiciona algumas linhas próximas para contextualizar em ambos os lados. Um desenvolvedor que já está familiarizado com o código pode geralmente confrontar uma diff com o código e identificar do que se trata a mudança, e até identificar possíveis bugs. tag (ou etiqueta) Uma informação para uma coleção em particular de arquivos para revisões especificadas. Tags são usadas geralmente para preservar snapshots interessantes do projetos. Por exemplo, uma tag é gerada para cada release pública, exatamente com os conjuntos de arquivos/revisões que compreendem aquela release. Nomes comuns de tags são escritas como Release_1_0, Delivery_00456, etc. branch (ou ramo) Uma cópia do projeto sob o controle de versão, porém isolada de uma maneira que as mudanças realizadas no branch não afetem o resto do projeto e vice-versa, exceto quando as mudanças são deliberadamente mescladas ("merge") de um lado para o outro (veja abaixo). Branches (ou ramos) também são conhecidas como "linhas de desenvolvimento". Mesmo quando um projeto não possui branches explícitas, o desenvolvimento ainda é considerado como sendo executado no "branch principal", também conhecido como "linha principal" ou "trunk". Branches oferecem uma maneira isolada de diferentes linhas de desenvolvimento entre eles. Por exemplo, um branch pode ser usado para um desenvolvimento experimental que poderia desestabilizar muito a linha principal (ou trunk). Assim como uma branch pode ser usada como um local para estabilizar uma nova release. Durante o processo de release, o desenvolvimento regular continua sem interrupções no branch principal do repositório; enquanto isso, na branch da release, nenhuma mudança é permitida com exceção daquelas que são aprovadas pelos gerentes de releases. Desta forma, disponibilizar uma release não precisa interferir no andamento dos trabalhos de desenvolvimento. Veja em mais adiante neste capítulo para uma discussão mais detalhada sobre branches. merge (a.k.a. port) (ou junção) Mover uma mudança de um branch para o outro. Isso inclui um merge da linha principal com algum branch, ou vice versa. Na verdade, estes são os tipos mais comuns de merge; é raro transportar mudanças entre dois branches não-principais. Veja para mais detalhes sobre este tipo de merge. "Merge" tem um segundo significado: é o que o sistema de controle de versão faz quando identifica que duas pessoas mudaram o mesmo arquivo mas sem interferências. Como as duas mudanças não interferem uma com a outra quando uma pessoa a atualiza sua cópia do arquivo (já contendo suas próprias mudanças), as mudanças da outra pessoa serão automaticamente agregadas. Isto é muito comum, especialmente em projetos que contém muitas pessoas trabalhando no mesmo código. Quando duas modificações diferentes se interferem, o resultado é um "conflito"; veja abaixo. conflict (ou conflito) É o que acontece quando duas pessoas tentam modificar a mesma parte do código de maneiras diferentes. Todos os sistemas de controle de versão detectam conflitos automaticamente, e notificam pelo menos um humano de que suas mudanças conflitam com as de outra pessoa. O humano notificado deve então resolver o conflito, e comunicar a resolução para o sistema de controle de versão. lock (ou bloqueio) Um jeito de declarar a intenção de modificar exclusivamente um arquivo ou diretório. Por exemplo, "Não consigo commitar nenhuma mudança para as páginas web no momento. Parace que Alfred as bloqueou enquanto conserta as imagens de fundo." Nem todos os sistemas de controle de versão suportam a habilidade de bloquear, e daqueles que suportam, nem todos requerem que a habilidade seja usada. Isso se dá porque desenvolvimento paralelo é a regra, e bloquear pessoas de acessar um arquivo é contrário à este ideal. Sistemas de controle de versão que requerem o bloqueio para realizar commits usam um modelo chamado bloquear-modificar-desbloquear. Aqueles que não requerem usam o modelo chamado copiar-modificar-juntar. Uma excelente explicação e comparação dos dois modelos à fundo pode ser encontrada em . No geral, o modelo copiar-modificar-juntar é melhor para desenvolvimento aberto, e todos os sistema de controle de versão discutidos neste livro suportam este modelo. Escolhendo o sistema de Controle de Versão Os dois sistemas de Controle de Versão mais populares no momento que este livro foi escrito no mundo do software livre são Concurrent Versions System (CVS, ) e Subversion (SVN, ). O CVS existe há um bom tempo. Desenvolvedores mais experientes já estão familiarizados com ele, que faz mais ou menos o que você precisa, e como ele já é popular há um bom tempo, você provavelmente não vai entrar em longas discussões se ele é ou não a escolha correta. Porém, o CVS possui algumas desvantagens. Ele não fornece uma maneira fácil de encontrar mudanças em diversos arquivos; ele não permite que você renomeie ou copia arquivos sob o controle de versão (o que faz com que uma reorganização em sua árvore de código após iniciar o projeto te dê uma bela dor de cabeça); tem um suporte pobre a merge; ele não lida muito bem com arquivos grandes ou com arquivos binários; e algumas operações são lentas quando se tem um grande número de arquivos. Nenhuma das falhas do CVS é fatal, e ele ainda é bem popular. Porém, nos últimos anos o mais recente Subversion vem ganhando espaço especialmente para novos projetos .Veja e para evidência de seu crescimento.. Se você está iniciando um novo projeto, eu recomento o Subversion. Por outro lado, como eu estou envolvido no projeto do Subversion, minha objetividade pode ser razoalvelmente questionável. E nos últimos anos diversos novos softwares livres de controle de versão surgiram. lista todos os que eu conheço, em uma ordem rudimentar de popularidade. Conforme a lista deixa claro, decidir o sistema de controle de versào pode ser uma pesquisa de uma vida inteira. Possiverlmente você será poupado da decisão pois será decidido por você no lugar que você for armazenar seu software. Mas se você for obrigado a decidir, pergunte aos seus outros desenvolvedores, descubra no que eles possuem maior experiência, escolha um e siga com ele. Qualquer software de controle de versão estável, pronto para produção, irá servir; você não precisa se preocupar demais sobre fazer uma escolha drásticamente errada. Se você simplesmente não conseguir decidir, então fique com o Subversion. Ele é bem simples de aprender, e provavelmente será o padrão por pelo menos alguns anos. Usando o Sistema de Controle de Versão As recomendações nessa seção não são destinadas a um sistema de controle de versão específico, portanto seria simples implementá-las em qualquer um deles. Versione Tudo Não mantenha apenas os códigos fontes de seu projeto dentro de um sistema de controle de versões, mas também todas as páginas, documentos, FAQs, notas de design, e tudo que possa ser editável pelas pessoas. Mantenha-os organizados de forma que estejam próximos dos códigos fontes na mesma estrutura da árvore do repositório. Qualquer pedaço de informação digna de ser escrita é também digna de ser versionada; isto é, qualquer informação que poderia mudar. Qualquer coisa que não deveriam ser modificada, podem ser arquivados. Por exemplo, um e-mail, uma vez postado, não é modificado, logo, versioná-lo não faria sentido (ao menos que este seja parte de um documento maior). A razão de versionar tudo junto in um único lugar é importante pois as pessoas terão que aprender apenas um único mecanismo para submeter mudanças. Frequentemente um contribuidor começará fazendo edições para páginas web ou documentação e depois de um tempo partirá para pequenos trechos de códigos por exemplo. Quando o projeto utilize o mesmo sistema para todos os tipos de submissão de mudanças, as pessoas só precisam aprender uma vez o processo. Versionar tudo junto também significa que novas features podem ser comitadas juntas na mesma branch com suas atualizações de documentação e etc. Não mantenhaarquivos gerados sob o controle de versão. Eles não são dados realmente editáveis, pois são arquivos gerados programaticamente por outros arquivos. Por exemplo, algumas ferramentas de build criam arquivos configure baseados em um template configure.in. Afim de alterar o arquivo configure, alguém precisaria alterar o arquivo configure.in e então gerá-lo novamente; Assim, somente o template configure.in é um "Arquivo editável" Somente versione os templates—Se você versionar os arquivos gerados, as pessoas irão inevitavelmente esquecer de gerar quando fizerem o commit da modificação do template, o que resultará em uma inconsistência, causando uma confusão sem fim Para uma opinião diferente a respeito do versionamento de arquivos configure, veja o post de Alexey Makhotkin's "configure.in and version control" em . A regra de que todos os dados editáveis devem ser mantidos no controle de versão tem uma exceção infeliz: o bug tracker. Bancos de dados de bugs contém muitos dados editáveis, mas por razões técnicas em geral não pode armazenar esses dados no sistema de controle de versão principal. (Alguns trackers têm recursos de versão primitivos próprios, no entanto, independente do repositório principal do projeto.) Navegabilidade O repositório do projeto deve ser navegável na web. Isto não significa apenas a capacidade de ver as últimas revisões do arquivos do projeto, mas também voltar no tempo e ver as revisões anteriores, ver as diferenças entre as revisões, ler as mensagens de log das mudanças selecionadas e etc. A navegabilidade é importante porque é um portal leve para dados do projeto. Se o repositório não pode ser visto através de um navegador web, então alguém querendo inspecionar um arquivo específico (digamos, para ver se uma determinada correção de bug entrou no código) primeiro teria que instalar software cliente de controle de versão localmente, o que pode transformar uma simples tarefa de consulta de dois minutos em uma tarefa de meia hora ou mais. A navegabilidade também implica em URLs canônicas para visualização de revisões específicas de arquivos e também para ver a revisão mais recente a qualquer momento. Isso pode ser muito útil em discussões técnicas ou quando indicar documentação as pessoas. Por exemplo, em vez de dizer "Dicas sobre debug do servidor, veja o arquivo www/hacking.html em sua cópia local," alguém poderia dizer "Para dicas de debug do servidor, veja http://subversion.apache.org/docs/community-guide/," fornecendo um endereço (URL) que sempre aponta para a última versão do arquivo hacking.html. A URL é melhor porque ela evita ambiguidade e questões sobre se aquele endereço é de uma versão atualizada. Alguns sistemas de controle de versão vem com mecanismos embutidos para pesquisa dentro de repositórios, enquanto outras se apoiam em outras ferramentas terceiras para pesquisar. Três ferramentas desse tipo são ViewCVS (), CVSWeb () e WebSVN (). A primeira trabalha tanto com o CVS como quanto o Subversion, a segunda somente com o CVS e a terceira apenas com o Subversion. Emails de commit Cada commit ao repositório deverá gerar um email mostrando quem realizou a mudança, e quando ela foi feita, quais arquivos e diretórios foram alterados, e como eles foram modificados. O email deverá ir para uma lista especial de emails relacionados a commits, separado da lista de discussões para pessoas. Desenvolvedores e outras pessoas interessadas deveriam ser encorajadas a se inscreverem na lista de commits, pois é a maneira mais efetiva de se manter atualizado com o que está acontecendo no projeto no nível de código. Além dos benefícios técnicos obvios de revisão em pares (veja ), os e-mails de commit ajudam a criar um senso de comunidade , pois eles estabelecem um ambiente compartilhado no qual as pessoas podem reagir a eventos (commits) que eles sabem que estão visíveis aos outros também. Detalhes específicos para configuração de emails de commit irão variar dependendo do sistema de controle de versão, mas geralmente existe um script ou algum outro recurso para fazer isto. Se você estiver com dificuldade em encontrá-lo, tente procurar na documentação por hooks, espeficificamente por post-commit hook, também conhecido como loginfo hook no CVS. Post-commit hooks são um meio geral para execução de tarefas automatizadas em resposta aos commits. O hook é acionado por um commit individual, e recebe todas as informações relacionadas daquele commit, e ele pode usar essa informação para fazer qualquer coisa— por exemplo, enviar um email. Com um pacote de sistemas de e-mail, você pode desejar alterar alguns de seus comportamentos padrões: Alguns mecanismos de envio de email não incluem informações das diferenças das modificações do commit no e-mail, mas ao invés disso eles fornecem uma URL para visualizar a mudança numa página web usando o mecanismo de navegação do repositório. Por mais que seja bom incluir a URL no email, para que a modificação seja referenciada depois, é também muito importante que o e-mail do commit inclua as diferenças. Ler email já faz parte da rotina das pessoas, então se o conteúdo da alteração estiver logo ali no email, os desenvolvedores poderão revisar o commit imediatamente, sem ter de sair do seu leitor de e-mails. Se eles tiverem que clicar numa URL para fazer a revisão, a maioria não irá fazê-lo, porque isso irá requerer uma nova ação ao invés daquela que eles já estão fazendo. Além disso, se o revisor quizer perguntar algo sobre a alteração, é muito mais fácil responder o e-mail fazendo anotações sobre a diferança do que visitar uma página web e ter o trabalho de copiar e colar partes da diferença do navegador webp para o e-mail. (Claro, se o diff for enorme, como quando um grande corpo de novo código foi adicionado ao repositório, então faz sentido omitir o diff e oferecer apenas a URL. A maioria dos remetentes de lista de email podem ter esse tipo de limitação automática. Se o seu não pode, então é ainda melhor incluir diffs, e conviver com esses e-mail gigantes, do que deixar as diferenças totalmente desligadas. Uma revisão conveniente com comentários são a pedra central do desenvolvimento cooperativo, algo tão importante que não se pode ficar sem usá-lo. The commit emails should set their Reply-to header to the regular development list, not the commit email list. That is, when someone reviews a commit and writes a response, their response should be automatically directed toward the human development list, where technical issues are normally discussed. There are a few reasons for this. First, you want to keep all technical discussion on one list, because that's where people expect it to happen, and because that way there's only one archive to search. Second, there might be interested parties not subscribed to the commit email list. Third, the commit email list advertises itself as a service for watching commits, not for watching commits and occasional technical discussions. Those who subscribed to the commit email list did not sign up for anything but commit emails; sending them other material via that list would violate an implicit contract. Fourth, people often write programs that read the commit email list and process the results (for display on a web page, for example). Those programs are prepared to handle consistently-formatted commit emails, but not inconsistent human-written mails. Os e-mails de commit devem ter como e-mail de resposta (Reply-To) a lista de e-mails de discussão do time de desenvolvimento, e não para a lista de e-mails de commit. Isto é, quando alguém revisa um commit e escreve uma resposta, sua resposta deve ser direcionada automaticamente para a pessoa da lista de desenvolvimento, onde questões técnicas são normalmente discutidas. Existem algumas razões para isso. Primeiro, você deseja manter todos na discussão técnica em uma lista, porque é onde as pessoas esperam que isso aconteça, e porque dessa forma há apenas um arquivo para pesquisa. Em segundo lugar, pode haver partes interessadas não inscritas na lista de commits. Terceiro, a lista de emails de commit anuncia em si como um serviço para observar commits, não para discutir commits e discussões técnicas ocasionais. Aqueles que estão inscritos na lista de e-mail de commits não se inscreveram para nada além de e-mails de commit; e enviar qualquer outro tipo de e-mail que não seja informação de commit seria uma violação do contrato. Quarto, as pessoas costumam escrever programas que lêem a lista de e-mails de confirmação e processam os resultados (para exibir em uma página da web, por exemplo). Esses programas são preparados para lidar com emails de commit formatados de forma consistente, mas não inconsistentes e-mails escritos por pessoas. Observe que esta recomendação de e-mail de reposta não se contradiz com as recomendações anteriores. É sempre permitido o remetente da mensagem modificar o endereço de resposta (Reply-To). Nesse caso, o remetente é o próprio sistema de controle de versionamento, e ele define o campo de resposta de forma a indicar o lugar certo para envio da mensagem, que é a lista de desenvolvimento, não de commits. CIA: Another Change Publication Mechanism Commit emails are not the only way to propagate change news. Recently, another mechanism called CIA () has been developed. CIA is a real-time commit statistics aggregator and distributor. The most popular use of CIA is to send commit notifications to IRC channels, so that people logged into those channels see the commits happening in real time. Though of somewhat less technical utility than commit emails, since observers might or might not be around when a commit notice pops up in IRC, this technique is of immense social utility. People get the sense of being part of something alive and active, and feel that they can see progress being made right before their eyes. The way it works is that you invoke the CIA notifier program from your post-commit hook. The notifier formats the commit information into an XML message, and sends to a central server (typically cia.navi.cx). That server then distributes the commit information to other forums. CIA can also be configured to send out RSS feeds. See the documentation at for details. To see an example of CIA in action, point your IRC client at irc.freenode.net, channel #commits. Use branches to avoid bottlenecks Non-expert version control users are sometimes a bit afraid of branching and merging. This is probably a side effect of CVS's popularity: CVS's interface for branching and merging is somewhat counterintuitive, so many people have learned to avoid those operations entirely. If you are among those people, resolve right now to conquer any fears you may have and take the time to learn how to do branching and merging. They are not difficult operations, once you get used to them, and they become increasingly important as a project acquires more developers. Branches are valuable because they turn a scarce resource—working room in the project's code—into an abundant one. Normally, all developers work together in the same sandbox, constructing the same castle. When someone wants to add a new drawbridge, but can't convince everyone else that it would be an improvement, branching makes it possible for her to go to an isolated corner and try it out. If the effort succeeds, she can invite the other developers to examine the result. If everyone agrees that the result is good, they can tell the version control system to move ("merge") the drawbridge from the branch castle over to the main castle. It's easy to see how this ability helps collaborative development. People need the freedom to try new things without feeling like they're interfering with others' work. Equally importantly, there are times when code needs to be isolated from the usual development churn, in order to get a bug fixed or a release stabilized (see and in ) without worrying about tracking a moving target. Use branches liberally, and encourage others to use them. But also make sure that a given branch is only active for exactly as long as needed. Every active branch is a slight drain on the community's attention. Even those who are not working in a branch still maintain a peripheral awareness of what's going on in it. Such awareness is desirable, of course, and commit emails should be sent out for branch commits just as for any other commit. But branches should not become a mechanism for dividing the development community. With rare exceptions, the eventual goal of most branches should be to merge their changes back into the main line and disappear. Singularidade de Informação Merging tem um corolário importante: nunca comite a mesma mudança duas vezes. Isto é, uma mudança deve entrar no sistema de controle de versionamento exatamente uma única vez. A revisão (ou conjunto de revisões) na qual a mudança foi efetuada é o seu único identificador. Caso seja necessária a sua efetuação em uma branch diferente da que foi feita, então ela deve ser merged do seu ponto de criação original para os outros pontos de destino —ao contrário de comitar uma mudança textualmente idêntica, que teria o mesmo efeito no código, mas tornaria impossíveis a precisão de estruturação e o gerenciamento de releases. Os efeitos práticos desta recomendação variam de um sistema de controle de versão para o outro. Em alguns sistemas, merges são eventos especiais, distintos de commits, e têm seus proprios metadados. Em outros, os resultados de merges são comitados da mesma forma que outras mudanças são comitadas, então o principal modo de diferenciar um "merge commit" de um "commit de novas mudanças" é a log message. Na log message de um merge, não repita a mesma existente na mudança original. Ao contrário, apenas indique que está sendo realizado um merge, e forneça a revisão que contenha a mudança original, com um sumário de no máximo uma frase do que ela faz. Se alguém quiser ler a mensagem completa, deverá então consultar a revisão original. A razão da importância de se evitar a repetição da log message é que, às vezes, elas são modificadas após serem comitadas. Se a log message de uma mudança fosse repetida a cada efetuação de merge, então até se alguém editasse a mensagem original, ainda seria necessário atualizar todas as repetições—o que causaria um monte de confusão. O mesmo princípio se aplica para reverter uma mudança. Se uma mudança é retirada do código, a log message da reversão deve apenas indicar, especificamente, qual é a revisão (ou revisões) que está sendo revertida, e não descrever a mudança gerada no arquivo derivada da reversão, uma vez que a semântica da mudança pode ser obtida através da leitura da log message original. É claro que a log message da reversão deve indificar a razão pela qual a mudança está sendo revertida, mas ela não deve conter duplicações derivadas da log message original. Se possível, volte e edite a log message original para evidenciar o que foi revertido. Tudo dito acima significa que você deve usar uma sintaxe consistente quando se referir a revisões. Isto é útil não somente em log messages, mas também em emails, no bug tracker, e em todos os outros lugares. Se você está usando CVS, sugiro "path/to/file/in/project/tree:REV", onde REV é um número de revisão no CVS, como "1.76". Se você está usando Subversion, a sintaxe padrão para a revisão 1729 é "r1729" (endereços de arquivos não são necessários por que o Subversion usa números de revisão globais). Em outros sistemas, normalmente há uma sintaxe padrão para expressar o nome das alterações. Seja qual for a sintaxe apropriada para o seu sistema, estimule as pessoas a usá-la quando forem aplicar mudanças. Uma nomeação de mudanças consistente facilita a estruturação do projeto (como veremos em e ), e como muita da estruturação será feita por voluntários, se torna necessário deixá-la o simples possível. Veja também em . Autorização A maioria dos sistemas de controle de versão oferecem uma funcionalidade para que certas pessoas sejam autorizadas ou não a comitar em sub-áreas do repositório. Seguindo o princípio de que quando na posse de um martelo as pessoas começam a procurar por pregos, muitos projetos usam esta funcionalidade com vigor, garantindo cuidadosamente acesso às pessoas apenas para as áreas as quais foram aprovadas a comitar, e certificando-se de que elas não podem comitar em nenhum outro lugar. (Veja em para ver como é decidido quem pode comitar aonde.) Provavelmente poucos danos ocorrerão com o uso de um controle tão rigoroso, no entanto uma política mais descontraída também é aceita. Alguns projetos simplesmente usam um sistema de honra: quando uma pessoa é autorizada a comitar, até para uma sub-área do repositório, o que ela recebe, na verdade, é uma senha que a possibilita comitar em qualquer lugar do projeto. Só lhe é pedido que mantenha os seus commits na área determinada. Lembre-se que na verdade não há nenhum risco aqui: em um projeto ativo, todos os commits são revisados, de qualquer modo. Se alguém ver um commit onde não deveria estar, isto será percebido e então será falado algo. Se uma mudança precisar ser desfeita, isto é muito simples —tudo está sob versionamento de controle mesmo, então é só reverter. Existem diversas vantagens à abordagem mais descontraída. Primeiro, como desenvolvedores evoluem para outras áreas (o que provavelmente acontecerá caso eles continuem no projeto), não haverá sobrecarga administrativa para garantir maiores privilégios. Uma vez tomada a decisão, a pessoa pode começar a comitar na nova área imediatamente. Em segundo lugar, a expansão pode ser feita de um modo mais refinado. Geralmente, um committer na área X que quer evoluir para a área Y começará a enviar patches para a área Y e pedir por review. Se alguém que já tem permissão a commits na área Y ver o patch e aprová-lo, eles podem avisar a quem o enviou para comitá-lo diretamente (mencionando o nome de quem revisou/aprovou na log message, obviamente). Deste modo, o commit virá diretamente da pessoa que fez a mudança, o que é preferível tanto de um ponto de vista gerencial quanto de um ponto de vista de creditação justa. Por último, e talvez a mais importante, usar o sistema de honra estimula uma atmosfera de confiança e respeito mútuo. Dar permissão de commit à alguém para um subdomínio é uma confirmação feita sobre o preparamento técnico desta pessoa —isto quer dizer: "Nós vemos que você tem proficiência para comitar em uma certa parte do projeto, então vá fundo." No entanto, impor um controle rígido de autorização diz: "Não apenas estamos impondo um limite sobre a sua proficiência, como também estamos um pouco suspeitos das suas intenções." Isto não é algo que você quer dizer se você puder evitar. Trazer alguém para o projeto como um committer é uma oportunidade de iniciá-los em um círculo de confiança. Uma boa maneira de fazer isto é dar mais poder à esta pessoa do que ela deveria ter, e então informá-la que cabe à ela continuar ou não nestes limites. O projeto Subversion tem operado através sistema de honra há mais de quatro anos, com 33 committers integrais e 43 committers parciais até o tempo de escrita deste livro. A única distinção que o sistema realmente impõe é a entre committers e não-committers; subdivisões adicionais são mantidas apenas por humanos. Ainda assim, nós nunca tivemos problemas com alguém deliberadamente comitar algo fora do seu domínio. Uma ou duas vezes já aconteceram inocentes mal-entendidos sobre o grau de privilégios de commit de alguém, mas tudo sempre foi resolvido de forma rápida e amigável. Obviamente, em situações onde auto-policiamento é impraticável, você deve contar com controles de autorização rígidos. Mas tais situação são raras. Até quando existem milhões de linhas de código e centenas ou milhares de desenvolvedores, um commit feito a algum módulo deverá ser revisado por quem trabalha neste mesmo módulo, e então pode-se reconhecer caso alguém tenha feito um commit onde não deveria. Se revisões de commit não estão acontecendo frequentemente, então o projeto tem problemas maiores do que lidar com o sistema de autorização. Em resumo, não perca muito tempo mexendo com o sistema de autorização do controlador de versões, a não ser que você tenha uma razão específica para tal. Isto normalmente não traz benefícios perceptíveis, e existem vantagens em, ao invés disto, confiar em controles humanos. É claro que nada disto deve ser interpretado de modo que pareça que as restrições, especificamente, não tenham importância nenhuma. Seria muito ruim para um projeto estimular pessoas a comitarem em áreas nas quais não são qualificadas. Além do mais, em muitos projetos, permissão de commit integral (sem restrições) tem um destaque especial: implica em direito de voto em questões de alto nível, que afetam todo o projeto. Este aspecto político de commit é mais discutido em em . Bug Tracker Bug tracking (perseguir/acompanhar bugs) é um tópico extenso; muitos de seus aspectos são discutidos neste livro. Aqui, concentrarei-me principalmente na parte de setup e considerações técnicas, mas para chegarmos nelas devemos começar com a seguinte pergunta: exatamente que tipo de informação devemos manter em um bug tracker? O termo bug tracker pode enganar. Sistemas de Bug tracking também são frequentemente usados para acompanhamento de pedidos de novas funcionalidades, tarefas casuais, patches não solicitados—realmente qualquer coisa que tenha estados distintos de início e fim, com transações de estados entre estes dois pontos, e que acumule informação durante seu tempo de vida. Por esta razão, bug trackers também são chamados de issue trackers(rastreadores de problemas), defect trackers (rastreadores de defeitos), artifact trackers (rastreadores de produção), request trackers (rastreadores de pedidos), trouble ticket systems (sistemas de bilhetes de problemas), etc. Veja para uma lista de softwares. Neste livro, continuarei a usar o termo "bug tracker" como referência ao software que faz o acompanhamento, já que este é o principal termo que as pessoas usam, mas usarei issue para me referir a um único item no banco de dados do bug tracker. Isto nos permite identificar a diferença entre o comportamento ou mau comportamento que o usuário encontrou (ou seja, o bug propriamente dito), e o registro do tracker em relação à descoberta, diagnóstico e eventual solução do bug. Tenha em mente que apesar da grande maioria de issues sejam referidas à bugs propriamente ditos, issues também podem ser usadas para acompanhar outros tipos de tarefas também. O ciclo de vida clássico de uma issue é parecido com isso: Alguém abre a issue. É provido um sumário, uma descrição inicial (incluindo informações de reprodução do bug, caso seja adequado; veja em para ler sobre como encorajar bons relatórios de bug) e qualquer outra informação que o tracker pedir. A pessoa que abriu a issue pode ser completamente desconhecida ao projeto—relatos de bug e pedidos de funcionalidades podem vir tanto da comunidade de usuários quanto da de desenvolvedores. Assim que preenchida, a issue está no que é chamado de estado aberto (open state). Como nenhuma ação foi tomada ainda, alguns trackers também a identificam como não verificada (unverified) e/ou não iniciado (unstarted). Ela ainda não é atribuída a ninguém; ou, em alguns sistemas, ela é atribuída a um usuário falso que representa a falta de real atribuição. Neste ponto, a issue está em uma área de espera: ela foi registrada, mas ainda não foi integrada à consciência do projeto. Outras pessoas leem a issue, adicionam comentários, e talvez façam alguma pergunta à pessoa que identificou o problema caso algo precise ser esclarecido. O bug é reproduzido. Talvez este seja o momento mais importante do seu ciclo de vida. Apesar do bug ainda não ter sido corrigido, o fato de quem alguém, além do identificador original, conseguiu fazer com que o bug se repetisse é a prova de que se trata de um defeito autêntico, e, não menos importante, confirma a quem relatou o bug que foi feita uma contribuição ao projeto através do relato de um bug genuíno. O bug então é diagnosticado: sua causa é definida, e, se possível, o esforço requirido para sua correção é estimado. Tenha certeza que estes dados sejam registrados na issue; se a pessoa que diagnosticou o bug precise se afastar do projeto por algum tempo (como acontece frequentemente com desenvolvedores voluntários), outra pessoa deve ser capaz de continuar daonde a outra parou. Neste estágio, ou, às vezes, no anterior, um desenvolvedor pode "ficar dono" da issue e atribuí-la para si ( em explora o processo de designação mais detalhadamente). A prioridade da issue também pode ser determinada neste estágio. Por exemplo, se ela é tão grave que pode atrasar a próxima release, este fato deve ser identificado cedo, e o tracker deve ter algum modo de identificar isto. A issue então é agendada para correção. Agendar não quer dizer, necessariamente, associar uma data para a correção. Às vezes, apenas significa decidir em qual release futura (não necessariamente a próxima) o bug deverá estar corrigido, ou decidir que ele não bloqueará alguma release em particular. Agendamento também pode ser dispensado caso o bug seja de rápida correção. O bug então é fixado (ou a tarefa concluída, ou o patch executado, ou o que quer que seja). A mudança ou conjunto de mudanças que o corrigiram devem ser registradas em um comentário na issue, e então ela é fechada e/ou marcada como resolvida. Existem algumas variações bem comuns neste ciclo de vida. Algumas vezes uma issue é fechada muito rapidamente após ser adicionada, pois verifica-se que, na verdade, não é um bug, mas sim um mal-entendido por parte do usuário. Conforme um projeto adquirem mais usuários, mais e mais essas issues inválidas irão aparecer, e os desenvolvedores fecharão-as com mensagens cada vez mais mal-humoradas. Tente se proteger contra esta tendência. Ela não faz nenhum bem, pois o usuário em questão não é responsável por todas as issues inválidas que já foram enviadas anteriormente; esta tendência estatística é visível apenas do ponto de vista do desenvolvedor, não do usuário. (Em , mais para frente neste capítulo, veremos algumas técnicas para reduzir o número de issues inválidas.) Também, se diferentes usuários estão experienciando o mesmo mal-entendido repetidamente, talvez isto signifique que o software precise ser replanejado. Este padrão é mais fácil de ser notado onde existe um gerente de issues monitorando o banco de dados de issues; veja em . Outra variação comum no ciclo de vida é a issue ser fechada como duplicata logo após a abertura. Uma duplicata acontece quando alguém abre uma issue que já é conhecida no projeto. Duplicatas não estão confinadas à issues abertas: é possível que um bug volte a aparecer depois de ter sido corrigido (isto é conhecido como regressão), em cujo caso é preferível que se reabra a issue original e feche qualquer novos relatos como duplicatas da original. O sistema de rastreamento de bugs deve manter um rastro deste relacionamento bidirecionalmente, para que a reprodução da informação nas duplicatas esteja disponível na issue original e vice versa. Uma terceira variação é que desenvolvedores fechem a issue, pensando tê-la corrigido, apenas para que o relator rejeite a correção e reabra a issue. Isto normalmente acontece por que o o desenvolvedor simplesmente não tem acesso ao ambiente necessário para reproduzir o bug, ou por que a issue não foi testada usando a mesma receita de reprodução usada pelo relator. Além destas variações, podem existir outros pequenos detalhes do ciclo de vida que podem variar dependendo do software de rastreamento. Mas a forma básica é a mesma, e, apesar de o ciclo de vida em si não ser específico ao software de código aberto, ele tem implicações em como projetos abertos usam os seus bug trackers. Como o primeiro passo indica, o tracker é uma superfície pública do projeto tanto quanto mailing lists ou páginas da web. Qualquer um pode relatar uma issue, qualquer um pode olhar uma issue, e qualquer um pode navegar pela lista de issues abertas. Você nunca sabe quantas pessoas estão esperando para ver o progresso de uma específica issue. Enquanto o tamanho e a habilidade da comunidade de desenvolvimento retém o ritmo com que issues podem ser corrigidas, o projeto pelo menos tenta reconhecê-las a partir do momento em que aparecem. Até se a issue for protelada por um tempo, a resposta encoraja o relator a se manter envolvido, por que ele sente que um humano registrou o que ele fez (lembre-se que preencher uma issue normalmente envolve mais esforço que, por exemplo, mandar um email). Além do mais, assim que uma issue é vista por um desenvolvedor, ela entra na consciência do projeto, no sentido de que este desenvolvedor pode estar observando por outras instâncias desta issue, pode conversar sobre ela com outros desenvolvedores, etc. A necessidade de respostas a tempo implica duas coisas: O tracker deve estar conectado com uma mailing list, para que cada mudança em uma issue, incluindo o seu preenchimento inicial, causa uma mensagem a ser enviada explicando o que aconteceu. Esta mailing list normalmente é diferente da lista de desenvolvimento, já que não são todos os desenvolvedores que desejam receber mensagens automadas de bugs, mas (assim como mensagens de commit) o cabeçalho "Responder a" deve ser definido para a lista de desenvolvimento. O formulário para preencher issues deve conter o endereço de email do relator, para que ele seja contatado para mais informações. (No entanto, ele não deve demandar o endereço de email, já que algumas pessoas podem preferir reportar issues anonimamente. Veja mais à frente neste capítulo para mais sobre a importância da anonimidade.) Interação com listas de E-mail Tome cuidado para que o bug tracker não se transforme em um fórum de discussões. Apesar da importância de se manter a presença humana no bug tracker, ele não é fundamentalmente adequado para discussões em tempo real. Ao invés disto, pense nele como um arquivo, um modo de organizar fatos e referências para outras discussões, principalmente aquelas que acontecem nas listas de e-mail. Existem duas razões para que se faça esta distinção. Primeiro, o bug tracker é mais incômodo de se usar do que as listas de e-mail (ou que salas de bate-papo em tempo real, por exemplo). Isto não é por que bug trackers têm uma interface de usuário ruim, mas eles foram desenvolvidos para capturar e apresentar situações discretas, e não discussões de fluxo livre. Segundo, nem todo mundo envolvido na discussão pode estar acompanhando o bug tracker. Parte de um bom gerenciamento de issues (veja em ) é confirmar que cada issue seja trazida para a atenção das pessoas ao invés de fazer com cada desenvolvedor tenha que monitorar todas as issues. Em em , nós veremos modos para que as pessoas não acidentalmente levem as discussões de seus lugares apropriados para o bug tracker. Alguns bug trackers podem monitorar as listas de e-mail e automaticamente fazer log de todos os e-mails referentes a uma issue específica. Tipicamente eles fazem isso reconhecendo o número de identificação da issue na linha de assunto do e-mail, como parte de uma palavra especial; desenvolvedores aprender a incluir essas palavras nos seus e-mails para atrair a atenção do tracker. O bug tracker pode então salvar o e-mail inteiro, ou (melhor ainda) apenas guardar um link para o email no arquivo da lista de e-mail. De qualquer modo, esta é uma característica muito útil; se o seu tracker tem ela, tenha certeza de deixá-la ativa e lembrar as pessoas de tirarem proveito da mesma. Pré-filtrando o Bug Tracker A maioria dos bancos de dados de bugs eventualmente sofrem do mesmo problema: um monte de issues duplicadas ou inválidas preenchidas por usuários bem intencionados, no entanto inexperientes ou mal informados. O primeiro passo para combater esta tendência é normalmente colocar um aviso proeminente na primeira página do bug tracker, explicando como identificar se um bug é realmente um bug, como procurar se ele já foi informado, e, finalmente, como reportá-lo eficientemente se depois disto ainda for considerado um novo bug. Isto reduzirá a quantidade de "sujeira" por um tempo, mas conforme o número de usuários cresce, o problema eventualmente retornará. Ninguém pode, individualmente, ser apontado como culpado por isto. Todos estão apenas contribuir para o bem-estar do projeto, e até se o primeiro relatório de bug não foi útil, você ainda quer encorajá-los a continuarem envolvidos e preencher relatórios melhores no futuro. Enquanto isto, no entanto, o projeto precisa manter o banco de dados de issues o mais limpo possível. Duas das coisas que ajudarão muito na prevenção deste problema são: ter certeza de que existem pessoas acompanhando o bug tracker que possuam conhecimento suficiente para fechar issues como inválidas ou duplicatas no momento em que elas entrarem, e requirindo (ou fortemente encorajando) que os usuários confirmem seus bugs com outras pessoas antes de preencherem-os no tracker. A primeira ténica parace ser usada universalmente. Até em projetos com bancos de dados enormes (por exemplo, o bug tracker do projeto Debian em , que detia 315,929 issues até o momento desta escrita) ainda é possível conciliar as coisas para que alguém veja cada issue que entrar. Talvez seja uma pessoa diferente dependendo da categoria da issue. Por exemplo, o projeto Debian é uma coleção de pacotes de software, então ele automaticamente encaminha cada issue para os mantenedores apropriados destes pacotes. Claro, usuários podem, às vezes, identificar erroneamente a categoria de uma issue, fazendo com que ela seja enviada, já inicialmente, para a pessoa errada, e esta talvez precise redirecioná-la. No entanto, a parte importante é que o fardo ainda está sendo dividido—se o usuário acertou ou não no preenchimento da issue, os acompanhamentos ainda são distribuídos de modo relativamente igual entre os desenvolvedores, então cada issue pode ser respondida à tempo. A segunda técnica é menos difundida, provavelmente por que é mais difícil de ser automatizada. A principal ideia é que cada issue nova seja "aceita" no banco. Quando um usuário acha que encontrou um problema, lhe é pedido uma descrição do problema em alguma das listas de email, ou em algum canal de IRC, e então espera-se a confirmação de alguém de que aquele é realmente um bug. Trazer este segundo par de olhos pode prevenir um monte de relatórios falsos. Às vezes, esta outra pessoa pode identificar que o compartamento não seja um bug, ou que foi corrigido em atualizações mais recentes. Ou ela pode estar familiar com os sintomas de uma issue antiga, e pode prevenir a duplicata informando o relator do bug da issue antiga. Muitas vezes é suficiente perguntar ao usuário "Você chegou a pesquisar no bug tracker para verificar se este bug já foi informado?". Muitas pessoas simplesmente não pensam nisto, mas pesquisarão satisfeitas sabendo que alguém espera isto delas. Este sistema de aceitação pode deixar o banco de dados efetivamente limpo, mas ele também tem suas desvantagens. Muitas pessoas irão arquivar issues de qualquer modo, sem avisar outros, seja por não ver ou mesmo ignorando as instruções para achar uma duplicata. Por isto ainda é necessário que voluntários observem o banco de dados de issues. Além do mais, por conta de novos voluntários ainda não terem compreensão da dificuldade que é manter um banco de dados de issues, não é justo repreendê-los muito duramente por ignorarem as instruções. Então voluntários devem ser vigilantes, e analisar o modo de coibição que utilizarão para retornar issues sem aceitação de volta aos seus reportadores. O objetivo é treinar cada reportador a usar o sistema de aceitação no futuro, para que haja uma comunidade ascendente de pessoas que compreendem o sistema de filtro de issues. Identificando uma issue sem aceitação, os passos ideais são: Imediatamente responder à issue, educadamente agradecendo o usuário por reportá-lo, mas destacando as regras de aceitação (que devem, é claro, estarem destacadas no web site). Se a issue é claramente válida e não uma duplicata, aprove-a e comece o seu ciclo de vida natural. No final das contas, o usuário arquivou a issue agora está informado sobre o esquema de aceitação, então não há motivo em desperdiçar o trabalho feito fechando uma issue válida. No entanto, se a issue não for claramente válida, feche-a, mas peça ao reportador para que reabra-a caso receba uma confirmação de aceitação. Quando receberem, eles devem colocar uma referência da confirmação (por exemplo, a URL nos arquivos da lista de emails). Lembre-se que apesar deste sistema melhorar o controle de falsos positivos no banco de dados ao longo do tempo, mas nunca poderá completamente parar os preenchimentos incorretos de ocorrências. O único modo de controlar estes preenchimentos inválidos é fechar o bug tracker para todos e deixá-lo aberto somente para os desenvolvedores—o que se torna uma cura quase sempre pior que a doença. O melhor é aceitar que limpar issues inválidas será sempre parte da rotina de manutenção do projeto, e tente conseguir o máximo de pessoas possível para ajudar. Veja também em . IRC / Real-Time Chat Systems (sistemas de bate-papo em tempo real) Muitos projetos oferecem salas de bate-papo em tempo real using Internet Relay Chat (IRC), fóruns onde usuários e desenvolvedores podem trocar perguntas entre si e conseguir respostas instantâneas. Apesar de você poder rodar um servidor IRC do seu proprio website, isto geralmente não vale a pena. Ao invés disto, faça o que todo mundo faz: rode os seus canais IRC no Freenode (). Freenode garante a você o controle necessário para administrar os canais IRC do seu projeto,Não há exigências ou expectativas que você doe para o Freenode, mas se você ou o seu projeto puderem fazê-lo, por favor considere uma doação. Ele é uma instituição filantrópica isenta de impostos nos Estados Unidos e realizam um serviço valioso. enquanto também lhe poupa do não-insignificante trabalho de manter, você proprio, um server IRC. A primeira coisa a se fazer é escolher o nome do canal. A escolha mais obvia é o nome do seu projeto—se estivver disponível no Freenode, então use-o. Caso contrário, tente escolher algo parecido com o nome do seu projeto e fácil de lembrar. Anuncie a disponibilidade do projeto no website. Por exemplo, isto aqui aparece proeminentemente na home page do Subversion:
Se você está usando Subversion, nós recomendamos que você participe da lista de emails users@subversion.tigris.org , e leia o Subversion Book e o FAQ. Você também pode fazer perguntas no IRC no canal irc.freenode.net  #svn.
Alguns projetos têm múltiplos canais, um por subtópico. Por exemplo, um canal para problemas de instalação, outro para questões, outro para desenvolveimento, etc. ( em discute e explica como dividir múltiplos canais). Quando o seu projeto é jovem, o ideal é que haja apenas um canal, com todos conversando em conjunto. Mais tarde, quando a relação usuário-por-desenvolvedor aumentar, separar os canais pode se tornar necessário. Como as pessoas saberão de todos os canais disponíveis, e em qual canal falarem? E quando falarem, como irão saber quais são as convenções locais? A resposta é avisar as pessoas configurando o tópico do canal.Para configurar o tópico do canal, use o comando /topic. Todos os comandos no IRC começam com "/". Veja se se você não está familiarizado com o uso e a administração do IRC; em particular, é um excelente tutorial. O tópico do canal é uma curta mensagem que cada usuário vê assim que entra no canal. Esta mensagem dá uma pequena orientação para novatos, e também aponta para mais informações. Por exemplo: Você está falando agora em #svn O tópico para #svn é: Fórum para questões de usuário do Subversion - veja também http://subversion.tigris.org/. || Discussões sobre desenvolvimento acontecem em #svn-dev. || Por favor não cole longas mensagens aqui; ao invés disto, use um serviço como http://pastebin.ca/ . || NOVIDADES: Subversion 1.1.0 foi lançado, veja http://svn110.notlong.com/ para detalhes. Isto é conciso, no entanto informa aos novatos o que eles precisam saber. Esclarece exatamente para quê existe o canal, assim como também a página do projeto (caso alguém passe pelo canal sem antes ter visto a página do projeto), menciona um canal relacionado, e dá alguma orientação sobre colar mensagens. Paste Sites (sites de "colar") Um canal IRC é um espaço compartilhado: todos podem ver o que todo mundo diz. Normalmente, isto é uma boa coisa, pois permite que as pessoas entrem em uma discussão quando elas têm algo para contribuir, e permite a espectadores que aprendam enquanto observam. No entanto, cria-se um problema quando alguém provê uma grande quantidade de informação de uma vez só, como uma cópia da sessão de debug, já que colar várias linhas de output no canal atrapalhará as outras conversas. A solução é usar algum site de pastebin ou pastebot. Quando pedida uma grande quantidade de dados de alguém no canal, peça que não colem-a diretamente no canal, mas, ao invés disto, visitem (por exemplo) , colem os dados no formulário, e informem a URL resultante no canal. Qualquer um então pode visitar a nova URL e visualizar a informação. Existem muitos sites neste estilo hoje em dia (muitos, até, para uma lista de tamanho razoável), mas aqui vão alguns dos que eu venho usando: , , , , e . Bots (robôs) Muitos canais IRC tecnicamente-orientados têm um membro não-humano, também conhecido como bot, que é capaz de guardar e devolver informações em respostas a comandos específicos. Tipicamente, o bot é endereçado como qualquer outro membro do canal, ou seja, os comandos são enviados a ele como se você estivesse "falando" com ele. Por exemplo: <kfogel> ayita: learn diff-cmd = http://subversion.tigris.org/faq.html#diff-cmd <ayita> Thanks! Com isto, o bot (que está logado no canal com o nome de ayita) a lembrar uma URL como resposta ao pedido "diff-cmd". Agora nós podemos nos endereçar ao ayita, pedindo-o que avise outro usuário sobre diff-cmd: <kfogel> ayita: tell jrandom about diff-cmd <ayita> jrandom: http://subversion.tigris.org/faq.html#diff-cmd A mesma coisa pode ser realizada através de um conveniente atalho: <kfogel> !a jrandom diff-cmd <ayita> jrandom: http://subversion.tigris.org/faq.html#diff-cmd O comando exato e o comportamento gerado varia de bot para bot. O exemplo acima é com o ayita (), o qual normalmente é uma instância rodando em #svn no freenode. Outros bots incluem o Dancer () e o Supybot (). Note que nenhum privilégio especial é necessário para rodar um bot. Um bot é um programa cliente; qualquer um pode iniciar um e o configurar para ouvir a um canal/servidor em particular. Se o seu canal tende a receber as mesmas perguntas vez após vez, eu recomendo fortemente que um bot seja configurado. Apenas uma pequena porcentagem dos usuários do canal vão adquirir a experiência necessária para manipular o bot, mas estes usuários irão responder a uma porcentagem desproporcionalmente alta de questões, já que o bot permite-os que respondam de modo muito mais eficiente. Arquivando o IRC Apesar de ser possível arquivar tudo que acontece em um canal IRC, isto não é necessariamente comum. Conversas em IRC podem ser nominalmente públicas, mas muitas pessoas as consideram como conversas informais, semi-privadas. Usuários podem se importar menos com gramática, e muitas vezes expressar opiniões (por exemplo, sobre outro programa ou outros programadores) que eles não gostariam que fossem arquivado para sempre em um diretório online. Claro, haverão momentos em que trechos que serão guardados, e isto é ok. Muitos clientes IRC podem fazer log de uma conversa a partir desde que o usuário peça, ou, além disso, é possível também apenas copiar e colar a conversa do IRC para um forum permanente (sendo comum o bug tracker). Mas criar logs indiscriminadamente pode deixar alguns usuários receosos. Se você for arquivar tudo, tenha certeza de avisar isto no tópico do canal, assim como passar a URL para o diretório onde serão guardados os arquivos.
Wikis Uma wiki é um web site que permite que qualquer visitante edite ou extenda o seu conteúdo; o termo "wiki" (de uma palavra Havaiana que significa "ligeiro" ou "super-rápido") é também usada para se referir ao software que permite este tipo de edição. Wikis foram inventadas em 1995, mas sua popularidade começou a crescer mesmo em 2000 ou 2001, impulsionada pelo sucesso da Wikipedia (), uma enciclopédia no modelo wiki de conteúdo livre. Pense em uma wiki como algo entre um IRC e web pages: wikis não acontecem em tempo real, então as pessoas tem a chance de considerar e polir suas contribuições, mas eles também pode facilmente adicionar, envolvendo menos trabalho de interface do que editar uma web page normal. Wikis não são equipamento padrão para projetos open source, mas provavelmente serão em um futuro próximo. Como elas são uma tecnologia relativamente nova, e pessoas ainda estão experimentando diferentes modos de usá-la, eu irei apenas dar algumas palavras de aviso aqui—neste estágio, é mais fácil analisar os usos incorretos de wiki do que analisar seus sucessos. Caso você decida optar por uma wiki, se esforce para que ela tenha uma organização limpa e uma aparência prazerosa, para que os visitantes (potenciais editores) instintivamente possam saber onde colaborar. Igualmente importante, coloque estas normas na própria wiki, para que as pessoas tenham algum lugar para se guiarem. Seguidamente, administradores de wikis caem na fantasia de que, porque muitos visitantes estão colaborando individualmente com conteúdo de alta qualidade para o site, a soma de todas estas contribuições também será de alta qualidade. Não é assim que web sites funcionam. Cada página ou parágrafo pode ser bom quando considerado individualmente, mas não serão bons se adicionados a um conjunto confuso ou desorganizado. Muitas vezes, wikis sofrem de: Falta de princípios de navegação. Um web site bem organizado faz com que seus visitantes sintam que sabem onde estão a qualquer momento. Por exemplo, se a página é bem feita, as pessoas saberão intuitivamente a diferença entre as partes "tabela de conteúdo" e "conteúdo". Contribuidores de uma wiki irão respeitar estas diferenças também, mas apenas se estas diferenças já estiverem presentes. Duplicação de informação. Wikis frequentemente terminam com diferentes páginas contendo informações similares, por que cada contribuidor não percebeu duplicações. Isto pode ocorrer parcialmente pela falta dos princípios de navegação notados acima, já que as pessoas podem não achar o conteúdo duplicado se ele não estiver onde elas esperam encontrá-lo. Inconsistência de público-alvo A certo modo, este problema é inevitável quando existem muitos autores, mas pode ser diminuído se existirem regras escritas sobre como criar novo conteúdo. Também é de grande ajuda que novas contribuições sejam editadas agressivamente bem no início, para que os padrões fiquem enraizados. A solução para todos estes problemas é a mesma: tenha padrões de editorial, e demonstre-os não apenas postando-os, mas também editando páginas para que mantenham-se fieis aos mesmos. Em geral, wikis irão amplificar qualquer falha que exista, pois os contribuidores imitam o padrão que veem na sua frente. Não apenas crie a wiki e espere com que tudo se encaixe perfeitamente. Você deve fazer com que ela tenha um conteúdo bem escrito, para que as pessoas tenham um modelo a seguir. O exemplo mais claro de uma wiki bem organizada é a Wikipedia, embora isto seja por que o conteúdo (páginas enciclopédicas) são naturalmente bem adequadas para o formato wiki. Mas se você examinar de perto a Wikipedia, você verá que seus administradores colocam em prática uma fundação de coperação bastante minuciosa. Existe uma documentação extensiva sobre como escrever novas entradas, como manter um ponto de vista apropriado, que tipos de edições fazer, que tipos de edições evitar, um processo de resolução de edições contestadas (envolvendo vários estágios, incluindo eventual arbitragem), e por diante. Eles também de controle de autorização, de modo que se uma página é alvo de edições inapropriadas seguidamente, eles podem trancá-la até que o problema seja resolvido. Em outras palavras, eles não apenas "jogaram" alguns modelos no web site e esperaram o melhor acontecer. A Wikipedia funciona por que seus criadores pensaram cuidadosamente sobre como fazer com que milhares de pessoas desconhecidas talhem suas escritas dividindo uma visão em comum. Apesar de você não precisar do mesmo nível de preparamento para fazer uma wiki em um projeto de software livre, este espírito é digno de se emular. Para mais informações em wikis, veja . Também, a primeira wiki ainda vive saudavelmente, e contém vários debates sobre como administrar wikis: veja , , e para diversos pontos de vista. Web Site There is not much to say about setting up the project web site from a technical point of view: setting up a web server and writing web pages are fairly simple tasks, and most of the important things to say about layout and arrangement were covered in the previous chapter. The web site's main function is to present a clear and welcoming overview of the project, and to bind together the other tools (the version control system, bug tracker, etc.). If you don't have the expertise to set up a web server yourself, it's usually not hard to find someone who does and is willing to help out. Nonetheless, to save time and effort, people often prefer to use one of the canned hosting sites. Canned Hosting There are two main advantages to using a canned site. The first is server capacity and bandwidth: their servers are beefy boxes sitting on really fat pipes. No matter how successful your project gets, you're not going to run out of disk space or swamp the network connection. The second advantage is simplicity. They have already chosen a bug tracker, a version control system, a mailing list manager, an archiver, and everything else you need to run a site. They've configured the tools, and are taking care of backups for all the data stored in the tools. You don't need to make many decisions. All you have to do is fill in a form, press a button, and suddenly you've got a project web site. These are pretty significant benefits. The disadvantage, of course, is that you must accept their choices and configurations, even if something different would be better for your project. Usually canned sites are adjustable within certain narrow parameters, but you will never get the fine-grained control you would have if you set up the site yourself and had full administrative access to the server. A perfect example of this is the handling of generated files. Certain project web pages may be generated files—for example, there are systems for keeping FAQ data in an easy-to-edit master format, from which HTML, PDF, and other presentation formats can be generated. As explained in earlier in this chapter, you wouldn't want to version the generated formats, only the master file. But when your web site is hosted on someone else's server, it may be impossible to set up a custom hook to regenerate the online HTML version of the FAQ whenever the master file is changed. The only workaround is to version the generated formats too, so that they show up on the web site. There can be larger consequences as well. You may not have as much control over presentation as you would wish. Some of the canned hosting sites allow you to customize your web pages, but the site's default layout usually ends up showing through in various awkward ways. For example, some projects that host themselves at SourceForge have completely customized home pages, but still point developers to their "SourceForge page" for more information. The SourceForge page is what would be the project's home page, had the project not used a custom home page. The SourceForge page has links to the bug tracker, the CVS repository, downloads, etc. Unfortunately, a SourceForge page also contains a great deal of extraneous noise. The top is a banner ad, often an animated image. The left side is a vertical arrangement of links of little relevance to someone interested in the project. The right side is often another advertisement. Only the center of the page is devoted to truly project-specific material, and even that is arranged in a confusing way that often makes visitors unsure of what to click on next. Behind every individual aspect of SourceForge's design, there is no doubt a good reason—good from SourceForge's point of view, such as the advertisements. But from an individual project's point of view, the result can be a less-than-ideal web page. I don't mean to pick on SourceForge; similar concerns apply to many of the canned hosting sites. The point is that there's a tradeoff. You get relief from the technical burdens of running a project site, but only at the price of accepting someone else's way of running it. Only you can decide whether canned hosting is best for your project. If you choose a canned site, leave open the option of switching to your own servers later, by using a custom domain name for the project's "home address". You can forward the URL to the canned site, or have a fully customized home page at the public URL and hand users off to the canned site for sophisticated functionality. Just make sure to arrange things such that if you later decide to use a different hosting solution, the project's address doesn't need to change. Choosing a canned hosting site The largest and most well-known hosting site is SourceForge. Two other sites providing the same or similar services are savannah.gnu.org and BerliOS.de. A few organizations, such as the Apache Software Foundation and Tigris.orgDisclaimer: I am employed by CollabNet, which sponsors Tigris.org, and I use Tigris regularly., give free hosting to open source projects that fit well with their missions and their community of existing projects. Haggen So did a thorough evaluation of various canned hosting sites, as part of the research for his Ph.D. thesis, Construction of an Evaluation Model for Free/Open Source Project Hosting (FOSPHost) sites. The results are at , and see especially the very readable comparison chart at . Anonymity and involvement A problem that is not strictly limited to the canned sites, but is most often found there, is the abuse of user login functionality. The functionality itself is simple enough: the site allows each visitor to register herself with a username and password. From then on it keeps a profile for that user, and project administrators can assign the user certain permissions, for example, the right to commit to the repository. This can be extremely useful, and in fact it's one of the prime advantages of canned hosting. The problem is that sometimes user login ends up being required for tasks that ought to be permitted to unregistered visitors, specifically the ability to file issues in the bug tracker, and to comment on existing issues. By requiring a logged-in username for such actions, the project raises the involvement bar for what should be quick, convenient tasks. Of course, one wants to be able to contact someone who's entered data into the issue tracker, but having a field where she can enter her email address (if she wants to) is sufficient. If a new user spots a bug and wants to report it, she'll only be annoyed at having to fill out an account creation form before she can enter the bug into the tracker. She may simply decide not to file the bug at all. The advantages of user management generally outweigh the disadvantages. But if you can choose which actions can be done anonymously, make sure not only that all read-only actions are permitted to non-logged-in visitors, but also some data entry actions, especially in the bug tracker and, if you have them, wiki pages.